17 de setembro de 2010

Eu



A cara esfarelada e um pão podre no prato
Pedaços de mim que não consegui salvar
Tempos longínguos
Auroras mortas em céus incandescentes


Meu pai morto antes da hora
E minha mãe envolta em silêncios
Condenei santos na forca
Todos desenhados no papel


Aonde estão os meus algozes?
No espelho traiçoeiro, um contorno sombrio
Na flecha do arqueiro, a minha sentença


Os dentes no meio das cinzas e um segredo jamais revelado
Xadrez sem rei e uma rainha assassina:
Cheque mate!

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